Viajavam em suaves nuvens de algodão doce. Durante as viagens, maiores que o próprio tempo, falavam de mundos e lugares e vidas e sonhos e tudo e nada. E riam com a única certeza de que nada mais existe senão, o agora que era só deles. Riam tanto por tão pouco.
Quando caia a noite e o azul do céu lentamente se ia transformando noutra côr, talvez mil e uma, pensavam em descer e logo desenhavam o minucioso plano de aterragem. O cálculo ao segundo, ao milimetro...
Depois, quando chegava a hora certa, e tudo apontava para que descesssem, deixavam-se ficar a ver as soturnas pessoas que lentamente se arrastavam um pouco mais abaixo deles. Tão pequenas lá em baixo.
Comiam bocadinhos pequenos de núvem mágica enquanto desciam só porque sim. Fora de horas e longe do lugar onde o tinham pensado fazer. Ao chegar ao chão olhavam um para o outro e diziam baixinho ao ouvido: "Havemos de voltar!". E voltavam, e voltaram até em dias quase sem núvens. Mas aquelas eram mais que nuvens, como eles eram mais que gente.
Quando caia a noite e o azul do céu lentamente se ia transformando noutra côr, talvez mil e uma, pensavam em descer e logo desenhavam o minucioso plano de aterragem. O cálculo ao segundo, ao milimetro...
Depois, quando chegava a hora certa, e tudo apontava para que descesssem, deixavam-se ficar a ver as soturnas pessoas que lentamente se arrastavam um pouco mais abaixo deles. Tão pequenas lá em baixo.
Comiam bocadinhos pequenos de núvem mágica enquanto desciam só porque sim. Fora de horas e longe do lugar onde o tinham pensado fazer. Ao chegar ao chão olhavam um para o outro e diziam baixinho ao ouvido: "Havemos de voltar!". E voltavam, e voltaram até em dias quase sem núvens. Mas aquelas eram mais que nuvens, como eles eram mais que gente.
3 comments:
liindo :) é tão bom ler o q escreves :D
há seres assim.
*
e as nuvens hão.de existir sempre... sempre que quisermos... porque nao ha longe nem distancia e porque há gente... mais que gente...*
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