Nos dias em que as caras se abrem ao mundo em forma de vozes que saltam das gargantas outrora apertadas demais para poderem deixar escapar palavras, nesses dias em que as horas correm sem pressa ou sem vagar dependendo do que os olhos conseguem avistar e o coração sentir, nos chamados dias úteis, aqueles que fazem bem ao monte de átomos que somos, há pontes e jardins e praças e cores e pinceis e telas e desenhos e palavras pintadas nas ruas e ideias que voam e rodopiam tal qual a folha castanha embalada pelo vento.
Nas portas abertas onde homens de batas manchadas sorriem e olham e sentem, nessas portas que só se abrem a quem lá entra, há calor mesmo no mais frio dia do ano.
Nas portas abertas onde homens de batas manchadas sorriem e olham e sentem, nessas portas que só se abrem a quem lá entra, há calor mesmo no mais frio dia do ano.
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