Vou pegar na seda da teia, no algodão dos sorrisos e nas cores do arco-irís e fazer uma manta daquelas bem quentes. Uma manta grande e colorida para que me possa enrolar enquanto espero que o tal comboio passe novamente pela estação.
Hei-de esperar ali no canto onde passe pouca gente e sejam não muitas as vozes que dispersam a atenção do olhar para o nada. Aquele nada que está ali mesmo na parede pintada de uma cor que já ninguém sabe dizer qual. Olho para o infinito que pode haver no tal nada e imagino muito mais do que pode ser imaginado pelo comum dos mortais que habitam o lado de dentro do bolo que é a vida.
Vou adormecer, acho, hei-de acordar a tempo, espero. Ou então pode ser que me acordem a tempo de entrar na carruagem...
Hei-de esperar ali no canto onde passe pouca gente e sejam não muitas as vozes que dispersam a atenção do olhar para o nada. Aquele nada que está ali mesmo na parede pintada de uma cor que já ninguém sabe dizer qual. Olho para o infinito que pode haver no tal nada e imagino muito mais do que pode ser imaginado pelo comum dos mortais que habitam o lado de dentro do bolo que é a vida.
Vou adormecer, acho, hei-de acordar a tempo, espero. Ou então pode ser que me acordem a tempo de entrar na carruagem...
1 comment:
Acordar a tempo é que é a dúvida perene da aventura desta coisa a que se chama vida, não?
Ou reparar a tempo,
ou estar no lugar certo no tempo exacto,
ou perceber a tempo...
...
esta finta dita "tempo" é que nos golpeia os dias e nos enrola esperanças, digo eu, que tenho andado a rodear anos a fio e a enganar-me em contas de relógios pendurados nas paredes parados num hábito tolo de apressar minutos e estancar arranques diversos para os dias que levo, há demasiado, tão iguais...
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